Se você é uma pessoa cética e que só acredita nas coisas
depois que as vê pessoalmente, CUIDADO, pois você pode ser vítima de um golpe!
A Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), em
Palmas, recebeu várias ocorrências de roubo de números da rede social Whatsapp,
com o objetivo de assumir a identidade da vítima e solicitar dinheiro aos seus
contatos.
Uma das vítimas foi minha amiga zootecnista Milena Alves.
Ela me explicou que o golpe foi dado por uma pessoa infiltrada em um grupo
segmentado que participava. “Me disseram que o grupo ia ser desativado e que eu
precisava falar um número que chegaria em minha caixa de entrada para ser
inclusa no outro”, explicou.
A partir daí, Milena parou de ter acesso a seu perfil do whatsapp e o autor do golpe começou
a se passar por ela em conversas com seus amigos. “Diversos amigos foram contatados
e o golpista, se passando por mim, disse que estava precisando de dinheiro
emprestado”, afirmou.
O golpista pedia valores altos, que variaram entre R$ 2 mil e R$ 3 mil. A desculpa usada, enquanto se passava por Milena, era de que necessitava pagar uma conta e que havia bloqueado o cartão.
Todas as informações e os prints das conversas, inclusive contando o número da conta do golpista, foram repassados para a Polícia Civil do Tocantins e como a conta é de uma agência da cidade de Fortaleza, a suspeita é de que trata-se de uma quadrilha de atuação interestadual.
Polícia Civil
A delegada titular daquela especializada, Milena Lima,
informou que a Polícia Civil identificou as principais técnicas dos criminosos
para aplicar os golpes. “Ligações de falsa central telefônica informando, aos
usuários, que estão fazendo uma verificação no Whatsapp e que precisam do
código enviado por meio de SMS; ligação de um falso funcionário da Anatel
[Agência Nacional de Telecomunicações] informando que existe uma lei federal
proibindo anúncios em redes sociais e que precisam do código enviado por meio
de SMS para a conferência e o envio de mensagens no privado para uma pessoa que
faça parte de algum grupo, informando que ele será extinto e em seguida enviam
um link do novo grupo”, destacou.
Medidas protetivas
A delegada recomenda ainda a adoção de algumas cautelas para
tentar inibir as ações dos criminosos, tais como a ativação do procedimento de
Verificação em Duas Etapas. Com a dupla proteção ativada, o app vai pedir uma
senha de seis dígitos de tempos em tempos, caso alguém consiga clonar o número
de telefone e tente configurar o WhatsApp, vai precisar também saber essa
senha. Para ativar a função, basta clicar em configurações, conta e depois
verificação em duas etapas.
Ainda segundo a delegada, os usuários devem evitar clicar em
links enviados por pessoas desconhecidas e além da senha, inserir também um
e-mail como proteção. “Tente alertar seus contatos por meio de conhecidos, caso
tenha perdido o acesso à linha telefônica, para evitar que cheguem a depositar
nas contas indicadas pelos suspeitos”, destacou.
Outras medidas simples, como verificar se realmente está
falando com a pessoa certa, antes de clicar em links enviados por pessoas
conhecidas, e, ao mudar de número, cancelar o perfil caso não deseje migrar a
conta para o novo número, também devem ser observadas. Para a delegada, é
sempre bom desconfiar de pedidos inesperados de empréstimos enviados por
mensagens, principalmente se a conta utilizada para depósito é diferente de
quem está solicitando.
Érica, parabens pela abordagem do assunto! Muito válida a sua colocação sobre segurança.
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