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0 Simpósio apresenta estudos com novas abordagens no tratamento da enxaqueca crônica com a Toxina Botulínica A





Aconteceram em Porto de Galinhas, no Recife, o XXXII Congresso Brasileiro de Cefaleia e o XIII Congresso de Dor Orofacial, que reuniu especialistas para a discussão das novas terapias para as dores de cabeçaPromovido pela Sociedade Brasileira de Cefaleia, o evento teve como um dos destaques o Simpósio de Sistematização no Diagnóstico e Tratamento da Migrânea Crônica - conhecida popularmente como enxaqueca crônica.


Foram apresentados estudos internacionais recentes sobre a padronização de critérios para o diagnóstico correto da enxaqueca crônica e de atualizações na aplicação da Toxina Botulínica A (BOTOX®). A sistematização do diagnóstico permitirá de maneira mais efetiva a identificação precoce da doença, facilitando assim o modo de tratar o paciente, que muitas vezes chega ao consultório com um quadro crônico e sob abuso de analgésicos.


A proposta do diagnóstico permitirá aos médicos a identificação da doença por novas observações sobre frequência e periodicidade das crises de dor, bem como do uso de analgésicos, que com a avaliação e possível intervenção  rápida na fisiopatologia, na origem e mudança da do curso da doença – reduzindo o número de crises e o impacto na qualidade de vida do paciente.


Sobre o que há de novo no tratamento da enxaqueca crônica com a aplicação da toxina botulínica A (BOTOX®), o neurologista Dr. Leandro Calia, um dos palestrantes do Simpósio, explica que foram apresentados os mais recentes resultados de novas recomendações para aplicação do medicamento para a doença, que compreendem ampliação de pontos (locais) e a periodicidade das injeções. “Foram ampliadas de cinco para nove as aplicações em um período que agora se estende para até 2 anos de tratamento com a Toxina Botulínica A, e ainda com novas áreas de acesso. Desta forma, aumentamos o alvo e ainda mantivemos a segurança, eficácia e a tolerabilidade por mais tempo para o melhor controle das crises de dor”, relata o médico que é membro da Academia Brasileira de Neurologia e da American Academy of Neurology.


O médico ainda explicou que ao reduzir a intensidade e a frequência das crises de dor a Toxina Botulínica A também colabora para a redução, ou mesmo, para a interrupção do consumo de analgésicos e triptanos, usados comumente pelos enxaquecosos em grande quantidade. No entanto, ele ressalta que como qualquer outro tratamento para a enxaqueca crônica, a Toxina Botulínica A proporcionará melhores resultados em pacientes que adotarem um estilo de vida saudável, como alimentação equilibrada, prática de atividades físicas, sono regular e controle do estresse.

Para o neurologista, a temática da Toxina Botulínica dentro do Simpósio e do Congresso foi de grande importância para promover a atualização e capacitação dos profissionais brasileiros em relação à técnica. “Foi uma oportunidade de ampliar o alcance de atendimento aos milhares de pacientes que sofrem com a doença”, finaliza.

Sobre a Enxaqueca Crônica

Existe mais de 150 tipos de dor de cabeça (cefaleia), entre elas a enxaqueca crônica, caracterizada por dor de cabeça latejante predominante em apenas um lado da cabeça. Dependendo da intensidade da crise, a pessoa pode ficar impossibilitada de realizar suas atividades habituais e, na fase crítica, desenvolver sintomas como intolerância à luz, aos ruídos e a odores, além de náusea e vômito. Movimentos bruscos do crânio e esforços físico e mental também podem agravar o sofrimento durante a fase aguda.

Como a Toxina Botulínica A (Botox) atua no tratamento da enxaqueca crônica

O procedimento com BOTOX®, primeira toxina botulínica aprovada para tratamento profilático para a enxaqueca crônica pela ANVISA desde 2011, é injetada por via subcutânea em diversos grupamentos musculares através de pontos específicos da cabeça, do pescoço e na porção mais alta do tronco, impedindo a liberação de neurotransmissores relacionados à dor, ou seja, inibindo a sensibilização do sistema nervoso central em resposta à dor.

Com aplicações em intervalos de três meses, a terapia tem se mostrado bastante eficaz na redução do número de dias de cefaleia, na duração das crises, na intensidade das dores e principalmente na melhora da qualidade de vida dos pacientes.



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