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0 Outubro Rosa: Sexualidade é mais um desafio para pacientes com câncer de mama




Quando diagnosticado precocemente, o câncer de mama tem 95% de chance de cura. Por isso, é muito importante que toda mulher realize mensalmente o autoexame e, uma vez por ano, a mamografia. É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. Como cada câncer é uma doença diferente, o autoconhecimento e um diálogo aberto com familiares e médicos é fundamental para a jornada da paciente.

Vários aspectos da vida das mulheres podem ser impactados pelo tratamento, seja no trabalho, na rotina em casa ou nos seus relacionamentos e vida sexual. Este último é mais um tabu que precisa ser quebrado quando o assunto é o câncer de mama. Segundo Gilberto Amorim, oncologista da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), durante o tratamento, a vida sexual da paciente é prejudicada por fatores físicos e psicológicos: “A autoestima pode ser comprometida pela mastectomia sem reconstrução da mama e pelos efeitos da quimioterapia, como a queda dos cabelos. Além disso, é normal que a mulher se sinta mais cansada e tenha menos desejo”.

O especialista comenta que os efeitos físicos dependem do tipo de tratamento realizado. No caso de terapias hormonais, os sintomas são parecidos com os da menopausa: “secura vaginal, ondas de calor, queda da libido, inchaço. Em alguns casos, ocorre uma atrofia vaginal que faz com que a mulher sinta muita dor na relação sexual e, por construir uma memória ruim daquele momento, não sente mais vontade de tentar”, explica.

São problemas contornáveis com apoio de médicos e psicólogos. Segundo o Dr. Gilberto, para lidar com os efeitos colaterais do tratamento de câncer de mama, as pacientes podem usar, em casos selecionados, cremes à base de derivados de estrogênio, que trabalham a elasticidade do músculo, ou com laser íntimo. Para a secura vaginal, o lubrificante à base d’água é uma ótima solução.

Os fatores emocionais são tão significativos quantos os físicos. “A sexualidade está muito na cabeça”, defende o oncologista. “É preciso conversar com o companheiro ou com a companheira, com o médico, caprichar mais nas preliminares. São problemas de solução simples quando há abertura para o diálogo”, completa.

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