Um dos problemas recorrentes durante a gravidez é o diagnóstico de diabetes. Conhecida como diabetes gestacional, a doença é diagnosticada quando há uma quantidade de açúcar no sangue superior ao normal.
Apesar de ser uma situação de risco para a mãe e para o bebê, existe a possibilidade de controlar este mal para garantir uma gestação tranquila.
"Esse quadro de diabetes pode ou não se reverter após o nascimento da criança, porém, quem desenvolve o distúrbio têm um aumento na probabilidade de diabetes no futuro" explica o ginecologista e obstetra Élvio Floresti Junior
Segundo o especialista, o diabetes ocorre quando há uma modificação no metabolismo, quando a placenta passa a produzir uma grande quantidade de hormônios que podem prejudicar ou até mesmo bloquear a insulina, e, caso o pâncreas da gestante não aumente sua produção, a quantidade de insulina produzida torna-se insuficiente para suprir a demanda do corpo, elevando o índice de glicose e de açúcares do organismo.
As causas da doença não são exatas, mas existem condições que facilitam seu aparecimento. Uma gestação de mulheres com idade de 35 anos ou mais, histórico de diabetes gestacional, mulheres cujo filho anterior nasceu acima do peso ou mulheres que ganharam peso excessivo durante a gravidez, histórico de intolerância à glicose ou histórico de diabetes na família, hipertensão, ovários policísticos, histórico de aborto de repetição e crescimento excessivo do feto, podem facilitar o aparecimento do diabetes gestacional.
"Quando os níveis sanguíneos de glicose não são controlados, as consquencias são inevitáveis tanto para a gestante como para o bebê. Para as mães aumentam a possibilidade de desenvolver infecções urinária, candidíase e até pré-eclâmpsia. Já o bebê, caso o diabetes não seja tratado de forma eficiente, aumenta os riscos de parto prematuro, problemas metabólicos, má formação e até aborto espontâneo", alerta o obstetra.
Além disso, o histórico de diabetes gestacional se torna um fator de risco para o desenvolvimento do diabetes Tipo 2. Após o parto é necessário que a mãe realize exames de acompanhamento.
"Por isso é importante que desde o início a futura mãe esteja em constante acompanhamento de pré-natal, além de seguir uma alimentação balanceada e se possível praticar atividades físicas regularmente", finaliza
Sobre o especialista
Doutor Elvio Floresti Junior é ginecologista e obstetra formado pela Escola Paulista de Medicina desde 1984. Possui título de especialista em ginecologia e obstetrícia pela Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e título de especialista em colposcopia. Além disso, é especializado em histerectomia vaginal sem prolapso uterino (sem necessidade de corte abdominal) e está atualizado com as últimas técnicas cirúrgicas como sling vaginal.
Realiza pré-natal especializado e atua em gestações de alto risco.
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