Outubro chegou e sabemos o quanto é importante esse período para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. O mês é celebrado com o objetivo de compartilhar informações sobre o câncer de mama e promover a conscientização da detecção precoce da doença. E falando informação, combate e prevenção do câncer, você sabia que os suplementos vitamínicos são poderosos para diminuir a incidência de alguns tipos de cânceres e até melhorar melhorar o quadro geral do paciente que está em tratamento?
Estudos comprovam que a vitamina D, por exemplo, queridinha do momento está relacionada a 14 tipos diferentes de cânceres, incluindo próstata, mama e cólon. "Pessoas com baixo índice da vitamina D tem 17% de chances a mais de incidência de câncer no pulmão em comparação com pessoas com nível normal da vitamina. Já a redução da incidência de câncer de mama em pessoas do mesmo grupo pode chegar a 77%", ressalta o médico e nutrólogo Dr. Renato Lobo.
Os níveis baixos de vitamina D na população em geral está relacionado principalmente à falta de exposição ao sol. "O recomendado é a exposição descoberta durante 30 minutos por, pelo menos, três vezes na semana", explica o médico. Outro dado impressionante com relação à vitamina D é a redução de até 94% no risco de ter metástase por conta do câncer de mama. "Além disso, níveis normais de vitamina D ajudam a melhorar o prognóstico de alguns tipos de câncer, como o melanoma, que é o câncer de pele; reduz os efeitos da quimioterapia, como a mucosite; reduz a fadiga; a caquexia, que é o estado de perda muscular; e, inclusive, a dor e a inflamação provocados pelo tratamento", afirma Dr. Lobo.
Outra suplementação importante para prevenção do câncer de mama, próstata, pulmão e cólon é o de selênio, que é encontrado em alimentos como castanhas, nozes, linhaça, entre outros. Estudos que compararam pacientes com níveis adequados com não adequados de nível de selênio verificaram uma redução em até 50% da mortalidade dos pacientes em tratamento do câncer. "O selênio tem um efeito direto no combate ao tumor e ainda ajuda a reverter a resistência ao tratamento do câncer, que é muito comum. Há muitos pacientes que precisam trocar de tratamento pela resistência das células cancerígenas. O selênio é bom justamente para reverter essa resistência e também reduz efeitos do tratamento, como diarreia e a dificuldade para deglutir.", explica Dr. Renato Lobo. Segundo o médico os pacientes oncológicos normalmente têm níveis baixos de selênio, em torno de 70. O ideal é entre 110 e 130.
A Vitamina C também é a outra vitamina que tem sido cada vez mais estudada com relação ao câncer. "As células tumorais são muitos sensíveis à oxidação. Altas doses de vitamina C, que é antioxidante, provocam a oxidação das células cancerígenas. Índices normais de vitamina C em pacientes com câncer de mama reduz a mortalidade em 44% em decorrência da doença e o índice de recorrência desse tipo de câncer reduz em 38%. Há, inclusive, casos de cura da metástase com o uso de altas doses de vitamina C, totalmente natural.", conta Dr. Renato.
Ainda uma quarta substância que tem demonstrado muito eficácia no combate a alguns tipos de cânceres é o DIM (Diindolilmetano), complexo encontrado nos vegetais crucíferos, como Repolho, couve, couve-flor e brócolis e também o wasabi, muito utilizado na culinária japonesa. "A substância tem um efeito anti inflamatório e de auto destruição de algumas células cancerígenas. Muitos médicos pedem a suplementação, pois para atingir os níveis adequados do completo seria necessário consumir pelo menos meio quilo de vegetais crus, o que é praticamente infactível", explica Dr. Lobo.
E quando o assunto é câncer e novos estudos, não podemos deixar de citar a metformina. A medicação, conhecida há anos pelos médicos e pelos pacientes com diabetes, é a primeira droga indicada no tratamento do diabetes tipo 2 - aquela relacionado à idade e ao sobrepeso - e para “pré diabetes”. "Foi demonstrado que ela reduz a chance de desenvolver câncer de cólon e quando usada por pacientes com câncer de mama, antes da cirurgia, a resposta ao tratamento é muito melhor", conta o médico.
Em agosto deste ano, pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, fizeram uma análise de diversos estudos já publicados envolvendo essa medicação e descobriram que pacientes diabéticos que faziam uso da metformina apresentaram 6% a menos de chance de desenvolver câncer que pacientes que não apresentavam diabetes. Além disso, os que usavam essa medicação apresentaram uma mortalidade 28% menor da que foi apresentada pelos pacientes com diabetes, mas que usavam outros tipos de medicação. Um dos mecanismos propostos é o efeito antiinflamatório da droga, o estímulo à resposta imunológica e a redução da entrada de glicose nas células cancerígenas, o que tira sua fonte de energia e contribui para a morte delas.
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