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0 Debate sobre a relação entre a mulher e o saneamento básico traz números impactantes da realidade brasileira


A senadora Kátia Abreu  reuniu as representantes da BRK Ambiental Daniela Sandoval, Viviane Gurgel e Sandra Leal para debater o “Impacto do saneamento na vida da mulher brasileira”. O evento reuniu dezenas de pessoas na noite de ontem,  no auditório do Senai, em Palmas.



O debate em torno da questão da igualdade de gênero e os problemas causados pela  falta de saneamento básico  na vida das mulheres foram o mote do evento.

Os dados apresentados na ocasião foram recortados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, em 2016.

O estudo, batizado de “ Mulheres e Saneamento” mostrou a  relação entre a mulher e o saneamento básico.

Para se ter uma ideia, os dados mostram que no Brasil, metade da população não têm acesso ao esgoto. Esse número contribui para que o país seja o 112º, entre 200,  do ranking do saneamento básico. “Todos sofrem com a falta de saneamento, mas as mulheres são especialmente afetadas”, disse a representante da BRK, Daniela Sandoval.

Segundo ela, os dados mostram que 35 milhões de brasileiras não têm acesso a água potável. “Isso significa que uma a cada 7 mulheres não tem água em sua residência e isso traz impactos para a educação, saúde e renda”, explicou.

O recorte da BRK aproxima mais os dados da realidade brasileira. Tomando, primeiramente, o aspecto conceitual da pesquisa, a relação direta entre a água e a mulher inclui tanto as necessidades práticas, o cuidado com a higiene menstrual, quanto os costumes e os estereótipos entre os gêneros, já que devido ao papel desempenhado pela mulher nas atividades domésticas é fato que elas desempenham trabalhos não remunerados três vezes mais do que os homens o fazem. “Nós podemos negar que na grande maioria das famílias sem água, as mulheres são as encarregadas de buscar a água para abastecer a casa e geralmente essas fontes ficam distantes de suas residências”, destacou Daniela.


As mulheres também são maioria entre os afetados com problemas de saúde ocasionados por questões sanitárias. “Elas e as crianças são mais afetadas por estarem em contato físico direto com a água contaminada e com dejetos humanos, além disso os números comprovam que o índice de afastamento de meninas de até 14 anos da escola por causa de diarreia e vômito, é 76% maior que a média nacional”, frisou a especialista.

A falta de saneamento também gera impacto na escolaridade. A pesquisa mostra que sem acesso a saneamento básico tiveram menor desempenho no Exame do Ensino Médio.  Esse indicador cruel acaba afetando a formação profissional e prejudicando todo o futuro dessas jovens.

O Brasil está atrasado no cumprimento dos quesitos das Metas do Milênio mo que  diz respeito ao saneamento básico. Para universalizar  o saneamento até 2033, prazo dado para cumprimento dos objetivos,  o país teria que investir R$ 108 bilhões.  O benefício seria incalculável. O acesso à água, por exemplo, seria capaz de tirar R$ 635 mil mulheres da pobreza.







Fotos: Ademir dos Anjos


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