Cada criança tem seu tempo quando o assunto é
desenvolvimento infantil. Entretanto, há parâmetros que podem ser usados para
avaliar se os marcos do desenvolvimento estão dentro do esperado, ou se é
preciso investigar um possível déficit ou atraso. Quando o assunto é fala, os
pais precisam ficar atentos.
Isto porque de acordo com um estudo brasileiro, feito pela Universidade do Rio Grande do Sul, 6 em cada 10 crianças com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) tinham atraso de fala. Esta foi ainda a principal razão para os pais procurarem ajuda.
Porém, segundo a fonoaudióloga Christiane Benevides, da Clínica Walkíria Brunetti, nem todo atraso na fala tem ligação com transtornos do neurodesenvolvimento. O atraso na fala pode estar ligado a diversos fatores, além do autismo.
"Algumas condições como problemas auditivos, apraxia da fala e o Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (DEL) são bastante prevalentes quando o assunto é atraso na aquisição da fala”, cita Christiane. Para a especialista, outros fatores também devem entrar na avaliação clínica, como estímulos não adequados, seja na escola ou em casa.
Cuidado com o ensino bilíngue
Outro aspecto que costuma afetar a fala é colocar a criança, precocemente, em escolas bilíngues. “Se um dos pais é estrangeiro e fala a língua materna em casa, não há problemas de a criança aprender as duas línguas, ou seja, o português e a língua falada pelo pai ou pela mãe. Mas, para incentivar uma aquisição adequada da fala, é importante conversar com a criança nos dois idiomas fora do ambiente escolar”, recomenda Christiane.
Entretanto, a fonoaudióloga ressalta que se os pais são brasileiros e a língua usada pela família é o português, colocar a criança em uma escola bilíngue durante a fase de aquisição da linguagem pode não ser uma boa ideia.
“A criança não terá espaço para praticar o idioma fora de casa. Nestes casos, a recomendação é esperar a criança aprender a falar corretamente a língua materna, para só depois colocá-la em uma escola bilingue”, reforça a especialista.
Quais são os sinais de atraso na fala?
Alguns marcos são importantes na aquisição da linguagem oral. O primeiro deles é o choro. “O choro é o primeiro sinal de que está tudo bem. Por volta dos três meses de vida, temos o balbucio. Trata-se da emissão de sons repetitivos pelo bebê, como gu......, arrrrr, etc. Lembrando que para que o bebê atinja este marco e os outros, é fundamental que os pais conversem com ele desde a gestação”, ressalta Christiane.
“Outro marco importante da fala ocorre por volta dos oito meses. Muitos bebês já entendem o não, dão tchau e começam a falar as primeiras palavras, geralmente formadas por sílabas simples, como mamá, papá, entre outras. Bater palmas e mandar beijos são outras conquistas desta fase. Espera-se que por volta dos dois anos e meio a três a criança esteja falando, formando frases, mantendo diálogos, com um repertório maior de palavras”, explica a especialista.
“Portanto, os sinais de que a fala pode estar atrasada podem ser notados quando o bebê não chora, não balbucia e assim por diante, de acordo com os marcos esperados para cada faixa etária. Quando a criança faz dois anos e não fala nenhuma palavra, é um sinal de alerta importante para procurar um especialista”, alerta Christiane.
Com a ajuda da fonoaudióloga, fizemos uma lista de alguns sinais de alerta quando o assunto é atraso na fala ou problemas de aquisição da linguagem. O ideal é procurar um neuropediatra e um fonoaudiólogo para pesquisar o que pode estar ocorrendo. Confira a lista.
Isto porque de acordo com um estudo brasileiro, feito pela Universidade do Rio Grande do Sul, 6 em cada 10 crianças com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) tinham atraso de fala. Esta foi ainda a principal razão para os pais procurarem ajuda.
Porém, segundo a fonoaudióloga Christiane Benevides, da Clínica Walkíria Brunetti, nem todo atraso na fala tem ligação com transtornos do neurodesenvolvimento. O atraso na fala pode estar ligado a diversos fatores, além do autismo.
"Algumas condições como problemas auditivos, apraxia da fala e o Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem (DEL) são bastante prevalentes quando o assunto é atraso na aquisição da fala”, cita Christiane. Para a especialista, outros fatores também devem entrar na avaliação clínica, como estímulos não adequados, seja na escola ou em casa.
Cuidado com o ensino bilíngue
Outro aspecto que costuma afetar a fala é colocar a criança, precocemente, em escolas bilíngues. “Se um dos pais é estrangeiro e fala a língua materna em casa, não há problemas de a criança aprender as duas línguas, ou seja, o português e a língua falada pelo pai ou pela mãe. Mas, para incentivar uma aquisição adequada da fala, é importante conversar com a criança nos dois idiomas fora do ambiente escolar”, recomenda Christiane.
Entretanto, a fonoaudióloga ressalta que se os pais são brasileiros e a língua usada pela família é o português, colocar a criança em uma escola bilíngue durante a fase de aquisição da linguagem pode não ser uma boa ideia.
“A criança não terá espaço para praticar o idioma fora de casa. Nestes casos, a recomendação é esperar a criança aprender a falar corretamente a língua materna, para só depois colocá-la em uma escola bilingue”, reforça a especialista.
Quais são os sinais de atraso na fala?
Alguns marcos são importantes na aquisição da linguagem oral. O primeiro deles é o choro. “O choro é o primeiro sinal de que está tudo bem. Por volta dos três meses de vida, temos o balbucio. Trata-se da emissão de sons repetitivos pelo bebê, como gu......, arrrrr, etc. Lembrando que para que o bebê atinja este marco e os outros, é fundamental que os pais conversem com ele desde a gestação”, ressalta Christiane.
“Outro marco importante da fala ocorre por volta dos oito meses. Muitos bebês já entendem o não, dão tchau e começam a falar as primeiras palavras, geralmente formadas por sílabas simples, como mamá, papá, entre outras. Bater palmas e mandar beijos são outras conquistas desta fase. Espera-se que por volta dos dois anos e meio a três a criança esteja falando, formando frases, mantendo diálogos, com um repertório maior de palavras”, explica a especialista.
“Portanto, os sinais de que a fala pode estar atrasada podem ser notados quando o bebê não chora, não balbucia e assim por diante, de acordo com os marcos esperados para cada faixa etária. Quando a criança faz dois anos e não fala nenhuma palavra, é um sinal de alerta importante para procurar um especialista”, alerta Christiane.
Com a ajuda da fonoaudióloga, fizemos uma lista de alguns sinais de alerta quando o assunto é atraso na fala ou problemas de aquisição da linguagem. O ideal é procurar um neuropediatra e um fonoaudiólogo para pesquisar o que pode estar ocorrendo. Confira a lista.
1.
O bebê não balbucia ou não emite nenhum som aos 3 meses de vida
2.
Com 8 meses não fala nenhuma vogal ou consoante
3.
Aos 9 meses não dá tchau
4.
Com um ano de idade ainda não aponta para os objetos ou pessoas
5.
Com 18 meses ainda não fala nenhuma palavra
6.
Com 2 anos não consegue combinar duas palavras. Ex: quero água. Diz
apenas “água”.
7.
Aos 3 anos não consegue construir frases
8.
Aos 2 anos, embora fale, a linguagem é incompreensível
9.
Regressão da linguagem em qualquer idade
10. Presença de troca
de sons na fala
0 comentários:
Postar um comentário