Nas Unidades de Terapia Intensiva da
Intensicare, gestora de UTIs no país, as mulheres são a grande maioria nas
equipes multiprofissionais dedicadas a cuidar dos pacientes. Em Palmas, 80% dos
profissionais que atuam nas UTIs são do sexo feminino. São enfermeiras,
médicas, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogas, psicólogas, técnicas
de enfermagem, farmacêuticas, gerentes, coordenadoras e várias outras
profissionais, todas unidas na mesma missão: salvar vidas.
A chegada do Dia Internacional da
Mulher, celebrado anualmente em 8 de março, remete à luta feminina por direitos
e ressalta que, embora ainda exista muito a conquistar, as mulheres ocupam cada
vez mais cargos de extrema importância no mercado. É o caso da Unidade de
Terapia Intensiva, onde o trabalho exige vocação e dedicação total. E não há
ninguém melhor para gerir esse ambiente, com leveza e amor, do que as mulheres,
conforme defende a psicóloga e gerente de UTI da Intensicare no Hospital
Oswaldo Cruz, Erika Quiel.
“Os profissionais na UTI, na área da
saúde como um todo, são predominantemente mulheres. É uma questão cultural.
Hoje já existe sim um acréscimo da presença masculina nas áreas da saúde, nós
temos nas nossas UTIs técnicos de enfermagem, psicólogos, fisioterapeutas,
enfermeiros do sexo masculino, esse perfil tem mudado. Mas trabalhar numa UTI
não é tarefa simples, são pacientes críticos, então essas mulheres trazem uma
grande dedicação e doação aos seus ofícios. Elas passam mais tempo dentro da
UTI às vezes do que com suas famílias, filhos, maridos. As mulheres se doam
completamente a este trabalho de união que é salvar vidas”, diz.
Para Kelle Regina Rodrigues Aires,
que começou na UTI como técnica de enfermagem e hoje é analista de auditoria da
Intensicare, a maior qualidade das mulheres é a entrega no ato de cuidar.
“Quando escolhemos a área da saúde o anseio em cuidar vem em primeiro lugar e
ser mulher faz isso ser mais especial pela sensibilidade, paciência e dedicação
que nós temos. Não quero dizer que os homens não tenham essas qualidades, mas
percebo que as mulheres conseguem administrar melhor esse envolvimento, que
trazem consigo esse cuidado maternal, sabem ouvir as pessoas, o que reforça
ainda mais esse compromisso de cuidar do próximo. E cuidamos dos nossos
pacientes como cuidaríamos dos nossos pais, filhos, maridos, com o mesmo amor”,
revela.
A coordenadora de Enfermagem da
Intensicare nas UTIs Adulto e Neonatal do IOP, Vitória Pereira da Costa pontua
que as mulheres fazem a diferença dentro das UTIs. “A enfermagem, por exemplo,
é uma área dominada por mulheres. Muitas vezes esse é um trabalho discriminado
pela área masculina, porque o ‘cuidar’, antigamente, sempre foi papel da
mulher, que era criada para ser mãe, esposa. Hoje as mulheres são profissionais
que assumem grandes responsabilidades dentro de uma UTI, por exemplo. Elas se
capacitam cada vez mais, sempre exercendo esse ‘cuidar’ com mais amor, mais
carinho, enxergando o paciente às vezes como um filho, um pai. Elas se comovem
genuinamente com a situação de cada paciente, tem um jeitinho de conseguir alegrá-lo
ou ajudá-lo a enfrentar aquele momento difícil de forma mais suave. Hoje
falamos muito em humanização e as mulheres tem essa característica forte nelas,
são muito humanas e querem buscar sempre o melhor para todos a sua
volta”.
Homenagem às mulheres
As profissionais que atuam nas
equipes das UTIs da Intensicare em Palmas serão homenageadas nesta
quinta-feira, 8, com brindes para celebrar a data. “O Dia Internacional da
Mulher é uma data importante. Em tempos em que o feminismo, o combate aos abusos
e à violência contra as mulheres estão em pauta, é importante que tenhamos essa
visão, esse olhar, esse pequeno gesto de cuidado e reconhecimento pela luta
diária dessas profissionais”, finaliza Erika Quiel.
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