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0 Deputado do Tocantins quer assegurar que grávidas tenham acesso a exame que detecta trombofilia


Ei amiga, você sabe o que é trombofilia, também conhecida como condição do sangue grosso? Pois presta atenção!

A trombofilia acontece quando a pessoa tem maior facilidade para formar coágulos de sangue, aumentando o risco de complicações como trombose venosa, AVC ou embolia pulmonar, por exemplo. 


Essa condição é muito arriscada para mulheres grávidas e pode prejudicar o feto. Como o sangue se torna mais espesso, há a chance de que ocorra o rompimento das veias, além da interferência da circulação do sangue para a placenta por causa de uma obstrução. Dessa forma, o fluxo de sangue para o bebê é menor, causando uma redução nos nutrientes que chegam a ele. Devido a essas alterações, ela pode causar a redução do crescimento do feto, parto prematuro e até mesmo a morte do bebê quando são obstruídas 90% das veias.

Infelizmente, na maioria dos casos, essa condição não é identificada antes da gravidez, sendo descoberta apenas durante a gestação, quando ocorre um caso de obstrução e uma via importante para o feto acaba sendo atingida. Isso pode ocorrer, por exemplo, no cordão umbilical, que é responsável pelo transporte de alimentos e oxigenação para o bebê.

A investigação para trombofilia deve ser iniciada quando há antecedente pessoal ou familiar próximo de trombose, no caso de abortos de repetição anteriores ou ainda quando acontece a perda do bebê no segundo ou no terceiro trimestre da gestação, sem explicação. 

Existem exames de sangue específicos para que o médico possa investigar um diagnóstico de trombofilia. Esses exames ainda são caros e estão fora do alcance da grande maioria das mulheres tocantinenses.

O tratamento é meio doloroso e depende do tipo de trombofilia, mas geralmente é feito com o uso de afinadores de sangue. Muitas vezes o medicamento é aplicado na forma de injeções diárias. 
No Tocantins, um projeto de Lei que tramita na Assembleia Legislativa tem como objetivo assegurar a gratuidade e a obrigatoriedade dos exames clínicos e laboratoriais para a identificação precoce de trombofilia. E ainda, garantir o acesso ao tratamento e aos medicamentos que forem necessários.

O projeto é de autoria do deputado Eduardo Siqueira Campos (DEM). De acordo com o parlamentar este tipo diagnóstico é de grande importância, pois pode evitar complicações na gravidez. Eduardo destacou ainda, que um caso de trombofilia aqui do Tocantins foi notícia nacional, em virtude uma gestante ter perdido o bebê no último mês de gestação por falta do diagnóstico e de informação.




“Este é um problema de saúde que exige um olhar atento por parte dos médicos que acompanham mulheres grávidas. A realização da investigação dos exames contemplados nesta propositura permitirá o diagnóstico precoce da doença e o correspondente tratamento, impedindo complicações na gestação, evitando o aborto e até mesmo o óbito do bebê”, avaliou o deputado.  

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