A chegada do Outono, época que antecede a estação mais fria do ano, traz consigo alguns problemas comuns dessas estações, como gripes e resfriados. Além do aumento alarmante das arboviroses – dengue, chikungunya e zika vírus – neste início do ano, surge agora mais uma preocupação à população brasileira: a gripe H1N1.
“Os sintomas são muito parecidos, mas as chances de complicações e de hospitalizações com o vírus H1N1 são mais frequentes do que com os outros tipos de vírus influenza”, afirma o coordenador de infectologia pediátrica do Hospital Sabará de São Paulo, Dr. Marco Aurélio Sáfadi.
Os casos começaram a aparecer mais cedo este ano e ainda não se sabe a explicação para esse fenômeno. Torna-se preocupante ver casos de H1N1 no verão, já que essa é uma doença mais comum no inverno. Com alguns sintomas muito parecidos com os das arboviroses, que tiveram um grande aumento este ano, fazer um diagnóstico diferenciado pode ser um desafio, especialmente nos atendimentos dos prontos socorros. Sintomas como febre, dores musculares, dor de cabeça e fadiga se assemelham aos das arboviroses, mas a H1N1 se diferencia pela presença de coriza, problemas respiratórios e dor de garganta.
“O paciente deve ter cuidado ao se automedicar para combater os sintomas. Os anti-inflamatórios são contraindicados para quem está com Dengue. Nós temos privilegiado para o controle da febre e dos sintomas de mal-estar, medicamentos à base de paracetamol, por exemplo”, explica Dr. Sáfadi.
De acordo com a Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, o número de casos registrados de H1N1 no Estado de São Paulo nos três primeiros meses de 2016 já é superior ao que foi contabilizado em todo o país durante o ano de 2015. Até agora, foram identificados no estado 157 pacientes com a infecção pelo vírus.
Mas o que é a gripe H1N1?
A gripe H1N1 - é uma das muitas gripes causadas pelo vírus Influenza. Existem três tipos de vírus Influenza – A, B e C – os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias. Em abril de 2009, o mundo assistiu apreensivo ao ressurgimento de uma das mais mortíferas variantes gripais da história da Humanidade. Naquele mês, mais de 100 pessoas morreram no México em decorrência da reedição da gripe espanhola – causada pelo subtipo H1N1 do vírus Influenza A, – mas com uma nova cepa de vírus.
Quanto aos sintomas da gripe, tanto a sazonal quanto a pandêmica, pouco diferem entre si. Em geral, são calafrios ou uma sensação de frio, mas febre pode também representar a primeira manifestação clínica, com as temperaturas corpóreas variando entre 38 a 39 °C.
Os principais sintomas são:
Dores pelo corpo, especialmente nas articulações e garganta
Febre e frio excessivo
Fadiga
Cefaleia
Olhos irritados e lacrimejantes
Vermelhidão dos olhos, pele (particularmente face), boca, garganta e nariz
Em crianças, sintomas gastrintestinais, principalmente diarreia e dores abdominais.
A transmissão de doença é mais fácil do que se imagina, ela se dá pelo contato direto ou com objetos contaminados de pessoa para pessoa, por via aérea ou por meio de partículas de saliva e de secreções das vias respiratórias.
Prevenção ainda é o melhor caminho
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o modo mais efetivo de controlar a gripe em si e os desfechos graves dessa doença é através da vacinação. Vacinas seguras e efetivas estão disponíveis e são utilizadas por mais de 60 anos, sendo especialmente importante para aquelas pessoas que vivem ou cuidam de idosos e crianças, grupo que representa maior risco de contaminação. O paracetamol é recomendado pela OMS – Organização Mundial da Saúde para tratamento sintomático da febre e dor nos casos de arboviroses e gripe. O paracetamol é seguro e eficaz para o tratamento de febre e dor em pessoas de todas as faixas etária nos casos de arboviroses e gripes, além de cuidar sem agredir o estômago.
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