É, e parece que o bonitão e garanhão da Globo José Mayer,
também está sendo acusado de ser um grande cafajeste. A denúncia é de uma
funcionária da TV Globo, que afirmou em um texto publicado na Folha de S.
Paulo, na coluna 'Agora Que São Elas', que o ator pegou em sua vagina. Isso
mesmo!
A vítima, a figurinista Su Tonami, decidiu sair do anonimato
e detalhou o assédio que afirma ter sofrido no mês passado.
O desabafo pode ser
conferido no link: http://agoraequesaoelas.blogfolha.uol.com.br/2017/03/31/jose-mayer-me-assediou/
Confira a seguir trechos do relato:
"Eu, Susllem Meneguzzi Tonani, fui assediada por José
Mayer Drumond. Tenho 28 anos, sou uma mulher branca, bonita, alta. Há cinco
anos vim morar no Rio de Janeiro, em busca do meu sonho: ser figurinista"
"A primeira 'brincadeira' de José Mayer Drumond comigo
começou há 8 meses. Ele era protagonista da primeira novela em que eu
trabalhava como figurinista assistente. E essa história de violência se inicia
com o simples: “como você é bonita”. Trabalhando de segunda à sábado, lidar com
José Mayer era rotineiro. E com ele vinham seus “elogios”. Do “como você se
veste bem”, logo eu estava ouvindo: “como a sua cintura é fina”, “fico olhando
a sua bundinha e imaginando seu peitinho”, “você nunca vai dar para mim?”.
"Foram meses envergonhada, sem graça, de, não raros,
sorrisos encabulados. Disse a ele, com palavras exatas e claras, que não
queria, que ele não podia me tocar, que se ele me encostasse a mão eu iria ao
RH. Foram meses saindo de perto. Uma vez lhe disse: “você é mais velho que o
meu pai. Você tem uma filha da minha idade. Você gostaria que alguém tratasse
assim a sua filha?'"
"Em fevereiro de 2017, dentro do camarim da empresa, na
presença de outras duas mulheres, esse ator, branco, rico, de 67 anos, que fez
fama como garanhão, colocou a mão esquerda na minha genitália. Sim, ele colocou
a mão na minha buceta e ainda disse que esse era seu desejo antigo. Elas? Elas,
que poderiam ser eu, não ficaram constrangidas. Chegaram até a rir de sua
“piada”. Eu? Eu me vi só, desprotegida, encurralada, ridicularizada, inferiorizada,
invisível. Senti desespero, nojo, arrependimento de estar ali. Não havia
cumplicidade, sororidade".
"Nos próximos dias, fui trabalhar rezando para não
encontra-lo. Tentando driblar sua presença pra poder seguir. O trabalho dos
meus sonhos tinha virado um pesadelo. E pra me segurar, eu imaginava que,
depois da mão na buceta, nada de pior poderia acontecer. Aquilo já era de longe
a coisa mais distante da sanidade que eu tinha vivido".
"Até que, em um set de filmagem com 30 pessoas,
estávamos, entre elas, ele e eu. Ele no centro do set, sob os refletores, no
cenário, câmeras apontadas para si, prestes a dizer seu texto de protagonista.
Neste momento, sem medo, ameaçou me tocar novamente se eu continuasse a não
falar com ele. E eu não silenciei. “VACA”, ele gritou. Para quem quisesse
ouvir. Não teve medo. E por que teria, mesmo?"
"Chega. Acuso o santo, o milagre e a igreja. Procurei
quem me colocou ali. Fui ao RH. Liguei para a ouvidoria. Fui ao departamento
que cuida dos atores. (...) Contei que eu não conseguia encontrar mais motivos,
forças para estar ali. A empresa reconheceu a gravidade do acontecimento e
prometeu tomar as medidas necessárias. Me pergunto: quais serão as medidas? Que
lei fará justiça e irá reger a punição? Que me protegerá e como?".
"Sinto no peito uma culpa imensa por não ter tomado
medidas sérias e árduas antes. (...) Porque a gente acha que o ator renomado,
30 e tantos papéis, garanhão da ficção com contrato assinado, vai seguir
impassível, porque assim lhe permitem, produto de ouro, prata da casa. E eu,
engrenagem, mulher, paga por obra, sou quem leva a fama de oportunista".
"Falo em meu nome e acuso o nome dele para que fique
claro, que não haja dúvidas. Para que não seja mais fofoca. Que entendam que é
abusivo, é antigo, não é brincadeira, é coronelismo, é machismo, é errado. É
crime. (...) Que entendam que não passarão. E o que o meu assédio não vai ser
embrulho de peixe. Vai é embrulhar o estômago de todos vocês por muito, muito
tempo".
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